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Insuficiência cardíaca: doença silenciosa que exige atenção

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Centro especializado oferece atendimento interdisciplinar a pacientes da rede pública no Distrito Federal

Karinne Viana, da Agência Saúde DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan

No mercado onde trabalhava como promotor de vendas, Clemilton Rodrigues, 58, sentiu algo diferente. “Fiquei mal de repente e fui pra casa. À noite, enfartei. Me levaram para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e fiquei internado por um mês. Depois disso, consegui ser encaminhado ao  Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) e estou aqui desde 2019”, relembra. 

Desde que iniciou o tratamento na unidade, localizada no Hospital Regional do Guará (HRGu), a vida dele mudou. “Antes, eu passava mal direto, era tontura, pressão alta. Toda semana ia ao postinho. Agora, só com a medicação, estou bem. De seis em seis meses faço acompanhamento no centro", conta o promotor de vendas.
 

Após sofrer um infarto e ser diagnosticado com insuficiência cardíaca,Clemilton Rodrigues passou
a receber acompanhamento no Cedhic. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF


Na rede pública, os casos de alto e muito alto risco são inseridos no Sistema de Regulação para que recebam o adequado encaminhamento ao Centro. Lá, os usuários contam com uma equipe interdisciplinar composta por cardiologista, endocrinologista, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem.

“Discutimos os casos entre os profissionais e conseguimos montar um plano de cuidado mais completo e eficaz para cada paciente”, explica a cardiologista da unidade, Luciana Praça.

Alerta nacional

O Dia Nacional de Alerta à Insuficiência Cardíaca, celebrado nesta quarta-feira (9), chama atenção para a realização de exames periódicos e para os sintomas da doença que, normalmente, se manifesta quando já está instalada. Pelo fato de ser silenciosa contribui para o diagnóstico tardio e o desenvolvimento de complicações.

Entre os sintomas mais comuns estão falta de ar ao fazer mínimos esforços, às vezes ao deitar ou logo após estar deitado por um tempo, tosse, inchaço dos pés e tornozelos, ganho de peso, pulso irregular ou rápido, palpitações, insônia, perda de apetite e desmaios. 

“Muita gente só percebe a doença quando ela já está avançada. Por isso, os sintomas precisam ser investigados. O diagnóstico precoce é importante para iniciar o tratamento o mais rapidamente possível e, assim, reduzir a mortalidade por insuficiência cardíaca, que é altíssima”, aponta a médica.

Dados no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2011 e 2021, foram registradas mais de 2,5 milhões de internações por insuficiência cardíaca no Sistema Único de Saúde (SUS). A média anual supera 230 mil casos, sendo considerada uma das principais causas de reospitalização no país. 

A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração perde a capacidade de bombear sangue de forma eficiente. Não é uma doença isolada, mas sim a progressão de outras comorbidades, como infarto, hipertensão e diabetes. Embora a incidência seja mais acentuada após os 45 anos, a doença afeta também pacientes mais jovens.

“É uma doença crônica, mas com tratamento conseguimos reverter a piora e oferecer qualidade de vida ao paciente”, afirma Luciana.

A prevenção passa por controlar a pressão arterial e o diabetes, adotar alimentação saudável, evitar cigarro e álcool e praticar atividades físicas. “Muita gente não sabe, mas a insuficiência cardíaca mata mais que muitos tipos de câncer. Por isso, é essencial conscientizar e tratar desde cedo”, conclui a especialista.
 

Arte: Agência Saúde-DF


 Da redação do Portal de Notícias

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