Serviço atende pacientes com comorbidades crônicas, uso de dispositivos, entre outros. Em 2025, já foram realizados 41 mil atendimentos Ing...
Serviço atende pacientes com comorbidades crônicas, uso de dispositivos, entre outros. Em 2025, já foram realizados 41 mil atendimentos
Ingrid Soares, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura
Durante dois dias (23 e 24), a I Jornada da Atenção Domiciliar abriu espaço para debater a rede de cuidado e divulgação dos serviços oferecidos. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde (SES-DF), contou com a participação de cem inscritos, entre servidores de diversas unidades da pasta e estudantes da área.
De acordo com a gerente de Serviço de Atenção Domiciliar (Gesad), Silvana Monteiro Fiquer Leal, a jornada busca, principalmente, divulgar o tema e ampliar o acesso de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a serviços do tipo.
"Além da contínua capacitação, orientação e acolhimento permanente das equipes, trouxemos para o evento depoimentos marcantes de familiares a respeito dos cuidados paliativos, um tema difícil e sensível de discutir. Mas estamos falando de uma atenção importante tanto para o paciente quanto para quem está ao lado dele”, aponta a gestora.

Na programação, diversas palestras foram ministradas sobre cuidados paliativos pediátricos, odontologia em casa, desospitalização, entre outros pontos. Para a nutricionista do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Karlla Betânia, a jornada cria mais uma oportunidade para aprofundar o tema. “Gostei muito das palestras. Estou há mais de 15 anos na área e, ainda assim, foi muito proveitoso ver a experiência dos outros núcleos."
Presente na jornada, a consultora técnica da Coordenação Geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Denise Araújo, elogiou a iniciativa: “Esta primeira jornada é de suma importância, pois, no DF, temos equipes engajadas e uma coordenação muito focada na desospitalização do paciente, tirando-o de uma internação prolongada e levando-o para o conforto de casa."

Estrutura
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD-DF) é dividido em três níveis: Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade (SAD-AC); Programa de Internação Domiciliar (PID); e Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD).
As modalidades atendem pacientes com comorbidades crônicas, com uso de dispositivos ou com necessidade de atendimento em domicílio. São pessoas que apresentam particularidades e demandas específicas, além das vulnerabilidades derivadas da restrição ao leito.
Esse tipo de atenção impacta diretamente no giro de leitos dentro dos hospitais da rede pública, já que atua na redução do tempo de internação. Seu foco é, portanto, promover a desospitalização, alimentando a qualidade de vida do paciente por meio de uma assistência humanizada.
Até junho de 2025, mais de 41 mil atendimentos foram realizados pelas equipes de Atenção Domiciliar. As visitas às casas dos pacientes levam em consideração um cuidado integral que, muitas vezes, engloba o trabalho de profissionais de diversas áreas. São técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

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