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Cuidado com crianças deve ser redobrado nas férias escolares

  Acidentes domésticos aumentam no período do recesso e exigem atenção das famílias Karinne Viana, da Agência Saúde DF | Edição: Fabyanne Na...

 


Acidentes domésticos aumentam no período do recesso e exigem atenção das famílias

Karinne Viana, da Agência Saúde DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan

Férias escolares são sinônimo de brincadeiras, descanso e muito tempo em casa. Para as crianças, é o momento de aproveitar cada cantinho do lar como espaço de diversão. Entretanto, para os pais, esse período pede atenção redobrada, pois o risco de acidentes domésticos com os pequenos cresce consideravelmente.

Nessas situações, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) é fundamental. Com agilidade e segurança, os profissionais atendem ocorrências graves e orientam famílias sobre como proceder em momentos de emergência. “O Samu está pronto para agir em qualquer tipo de emergência e isso inclui os acidentes domésticos com crianças, que são comuns nas férias”, afirma a chefe do Núcleo de Educação em Urgências (NEU) do Samu-DF, Carolina Cunha.

 

Em caso de acidentes, o primeiro passo é ligar para o 192 ou 193. O médico regulador orientará o que fazer até a chegada da equipe | Foto: 
Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF


Segundo Cunha, os acidentes mais frequentes são quedas, queimaduras, choques elétricos, afogamentos, sufocamento e intoxicações. No Distrito Federal, durante os meses de janeiro, julho e dezembro de 2024, que correspondem ao período das férias escolares, o Samu-DF registrou 694 atendimentos a crianças de 0 a 12 anos.

As quedas da própria altura, como tropeçar, escorregar ou perder o equilíbrio, lideraram as ocorrências, com 134 casos, seguidas por quedas de locais altos (127), ferimentos corto-contusos (109) e engasgos (38).

Como prevenir
 

Carolina Cunha: "É importante que os pais tenham um olhar crítico, verifiquem se tem algum objeto ou produto perigoso que possa causar acidente, como objetos de metal, pontiagudos e se a área da piscina está restrita à criança" | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF


Para evitar acidentes e garantir a segurança dos pequenos, a profissional orienta que pais e responsáveis façam uma avaliação cuidadosa dos ambientes, seja em casa ou em locais de hospedagem, para identificar possíveis riscos. “É importante que os pais tenham um olhar crítico, verificar se tem algum objeto ou produto perigoso que possa causar acidente, como objetos de metal, pontiagudos e se a área da piscina está restrita à criança”, explica.

Uma ocorrência que também exige atenção em qualquer época do ano é o engasgo, especialmente com objetos pequenos e brinquedos inadequados para a faixa etária. É fundamental verificar sempre na embalagem do produto a presença do selo do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e a indicação da idade recomendada.
 

Arte: Agência Saúde DF


Outras medidas importantes incluem instalar grades ou telas de proteção em janelas, manter os pisos sempre secos, evitar o uso de tapetes escorregadios e bloquear o acesso a escadas, especialmente para crianças com menos de cinco anos. No uso do fogão, o ideal é utilizar as bocas traseiras e manter os cabos das panelas virados para dentro. Produtos de limpeza e medicamentos devem ser guardados fora do alcance das crianças e as tomadas precisam estar protegidas com tampas apropriadas.

As pipas, símbolo das férias infantis, também exigem cuidado e devem ser empinadas em locais abertos e seguros. “A pipa pode se enroscar na rede elétrica e isso levar a um choque elétrico, causando um acidente fatal. A linha chilena e o cerol também são perigosos, pois eles podem causar acidentes tanto com quem está manipulando aquele produto, quanto com motociclistas e ciclistas. Além disso, há risco de atropelamento quando as crianças correm atrás da pipa”, alerta Cunha.

Intoxicação 

Arte: Agência Saúde DF

 Produtos químicos como desinfetantes, detergentes, alvejantes e medicamentos podem ser confundidos com bebidas ou alimentos pelas crianças, resultando em acidentes graves. É essencial manter esses itens fora do alcance, preferencialmente em armários altos e trancados.

A médica toxicologista do Centro de Informações Toxicológicas (CIATox) do DF, Andréa Amoras, orienta que, em caso de intoxicação por produto químico ou picada de animal peçonhento, os pais liguem para o CIATox ou levem a criança a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou hospital mais próximo. “Se possível, leve também a embalagem do produto, pois há substâncias com nomes semelhantes, mas composições diferentes e essa informação pode ajudar na conduta médica.

Saiba como agir

Em caso de acidentes, o primeiro passo é ligar para o 192 ou 193. O médico regulador orientará o que fazer até a chegada da equipe. Para ajudar a população, o Ministério da Saúde firmou parceria com o YouTube e lançou vídeos de primeiros socorros, como a manobra de Heimlich, essencial em casos de engasgo. Acesse aqui o material.

Da redação do Portal de Notícias

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