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Período de seca no DF aumenta riscos à saúde ocular

  Baixa umidade e poluição agravam sintomas. Uso de lágrimas artificiais é recomendado para prevenir irritações e complicações na visão Mich...

 Baixa umidade e poluição agravam sintomas. Uso de lágrimas artificiais é recomendado para prevenir irritações e complicações na visão

Michele Horovits, da Agência Saúde DF | Edição: Natália Moura

Durante os meses de estiagem no Distrito Federal, é comum o aumento das queixas relacionadas à saúde dos olhos. O clima seco, somado ao aumento da poeira e dos ventos mais intensos, compromete a lubrificação natural da superfície ocular. O resultado é ardência, coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e até mesmo visão embaçada. Essa condição é conhecida como síndrome do olho seco e exige atenção, especialmente nesta época do ano.

De acordo com o oftalmologista da Secretaria de Saúde do DF Frederico Loss, a diminuição da umidade relativa do ar prejudica a formação e a estabilidade do filme lacrimal — uma camada fina de proteção que recobre os olhos. Sem essa proteção, a superfície ocular fica mais vulnerável a irritações, inflamações e infecções.
 

Saúde dos olhos: clima seco requer mais cuidados. Sintomas comuns são ardência, coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e até mesmo visão embaçada. Foto: Breno Esaki/ Arquivo Agência Saúde-DF


"Um sintoma frequente e que costuma confundir muitas pessoas é o lacrimejamento excessivo. Apesar de parecer um sinal de hidratação, na verdade, é uma resposta do organismo à secura ocular: são lágrimas reflexas que não cumprem a função protetora do filme lacrimal", explica o médico. 

Público mais suscetível

Alguns grupos são mais vulneráveis aos efeitos do clima seco sobre os olhos. Idosos, por exemplo, já produzem menos lágrimas naturalmente. Usuários de lentes de contato estão entre os mais afetados, assim como pessoas que permanecem longos períodos em ambientes com ar-condicionado ou nas telas (como computadores e celulares), além de pacientes com doenças autoimunes. Crianças e pessoas com alergias respiratórias também tendem a apresentar mais sintomas durante o período da seca.

Para aliviar os desconfortos, a principal orientação é o uso de lágrimas artificiais, que podem ser adquiridas em farmácias sem a necessidade de prescrição médica. “Essa é a recomendação mais importante que podemos dar à população. Para a maioria dos pacientes, esse cuidado simples já traz grande alívio e previne complicações”, destaca Loss. 

Não use soro nos olhos

O médico da SES-DF reforça ainda sobre a utilização do soro fisiológico, prática comum, mas inadequada, para lubrificar os olhos. O soro, depois de aberto, é facilmente contaminado por fungos e bactérias e deve ser descartado no mesmo dia. Além disso, não tem a viscosidade ideal para manter a hidratação da superfície ocular.
 

Oftalmologista da Secretaria de Saúde não recomenda o uso de soro fisiológico nos olhos. É preferível colírios lubrificantes, que são mais seguros e eficazes. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF


Caso os sintomas persistam mesmo com o uso de colírios lubrificantes, é fundamental procurar um oftalmologista. A negligência no tratamento pode levar a complicações mais sérias, como lesões na córnea, infecções e perda de acuidade visual, comprometendo a qualidade de vida e o desempenho nas atividades diárias.

Na rede pública do DF, o primeiro contato e avaliação são feitos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Para descobrir qual é a sua, basta clicar neste link e colocar o CEP da residência. 

Da redação do Portal de Notícias

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