O r et o rno de Rodrigo Rollemberg à Câmara dos Deputados em 2025 , v ia b i liza d o po r m u d ança s n a s reg r a s eleitorais apr...
O retorno de Rodrigo Rollemberg à Câmara dos Deputados em 2025, viabilizado por mudanças nas regras eleitorais aprovadas pelo STF, parece mais um episódio circunstancial do que um sinal de resiliência política. Sua votação modesta e o enfraquecimento do PSB indicam que este pode ser o capítulo final da trajetória do político frequentemente considerado o pior na história política de Brasília.
O ápice eleitoral de Rollemberg ocorreu em 2014, quando, no segundo turno, derrotou Jofran Frejat (PR) ao capitalizar a indignação popular contra os escândalos da gestão desgastada de Agnelo Queiroz (PT). Com uma campanha pautada pela transparência e promessa de renovação, ele reuniu 812.036 votos, angariando confiança ao prometer governar de forma ética e eficiente.
Entretanto, seu governo (2015-2018) não correspondeu às expectativas. Marcada por decisões impopulares e escândalos, sua administração alienou eleitores das mais diversas origens sociais, culminando em uma humilhante derrota em 2018. Enfrentando Ibaneis Rocha (MDB), Rollemberg obteve apenas 30,21% dos votos (451.329), uma redução drástica de quase metade de sua base eleitoral em apenas quatro anos.
A decadência eleitoral de Rollemberg ficou ainda mais evidente em 2022, quando ele buscou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Conseguindo apenas 50 mil votos, ficou longe de garantir uma vaga sob as regras vigentes à época. Seu retorno ao cargo parlamentar em 2025 não modifica o evidente: sua base eleitoral foi reduzida de forma irreparável.
No contexto político do Distrito Federal, casos como o de Rollemberg exemplificam que políticos em declínio raramente conseguem reverter sua trajetória. Os desafios para uma eventual candidatura em 2026 são agravados pelo estado debilitado do PSB, que atualmente carece de candidatos de peso capazes de impulsionar a legenda por meio do quociente eleitoral. Sua ambição de renovar mandato parece condenada ao fracasso.
O histórico de sua gestão é lembrado principalmente pelos erros catastróficos que alimentaram sua impopularidade. Entre os episódios mais emblemáticos estão:
1. **Derrubada de casas**
Sua política agressiva na fiscalização realizada pela Agefis deixou marcas profundas em sua imagem. O despejo de centenas de famílias em áreas vulneráveis como Sol Nascente, juntamente com as demolições de imóveis em condomínios de classe média no Jardim Botânico, gerou indignação generalizada. A falta de alternativas habitacionais para os atingidos reforçou a visão de um governo insensível às necessidades dos mais pobres, enquanto os moradores da classe média, prejudicados por insegurança jurídica e perdas financeiras, ampliaram a rejeição ao governo. A Agefis se tornou um dos principais símbolos da hostilidade pública contra ele.
2. **Crise financeira e ausência de obras visíveis**
Ao assumir a gestão com um déficit estimado em R$ 3,8 bilhões, Rollemberg encontrou um cenário difícil. No entanto, suas ações não conseguiram mitigar os problemas estruturais do Distrito Federal. Deficiências graves na saúde pública, ilustradas por filas intermináveis e relatos alarmantes como a presença de ratos em centros cirúrgicos, assim como o desabamento do viaduto do Eixão por falta de manutenção, solidificaram sua fama como um administrador incapaz.
3. **Escândalo do BRB**
Rollemberg prometeu uma política ética e transparente, mas os acontecimentos durante sua gestão contradizeram esse compromisso. Um esquema envolvendo o desvio de R$ 16,5 milhões do Banco de Brasília (BRB) manchou sua administração. Diretores presos pela Polícia Federal foram acusados de pagar propina para investimentos em projetos suspeitos, como o impopular Trump Hotel (hoje LSH Lifestyle) no Rio de Janeiro. Esse escândalo confronta diretamente o discurso moralizador que sustentava sua campanha em 2014.
Recentemente, Rollemberg criticou o BRB e suas alegações sobre possíveis aquisições como a do Banco Master, mas as declarações soam incoerentes diante dos antecedentes de irregularidades ocorridos sob sua liderança.
Em síntese, o legado político de Rollemberg parece irreversível. Ele exemplifica o padrão histórico do DF em que governadores rejeitados nas urnas raramente conseguem reconquistar relevância política. Sua eleição em 2025 é vista como uma anomalia viabilizada por mudanças externas, não como um sinal de vigoração política.
A soma entre rejeição popular, fragilidade partidária e isolamento político consolida a percepção: para muitos cidadãos do DF,
Da redação do Portal de Notícias com informações do Portal Radar-DF
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