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SRS de Juiz de Fora realiza oficina de controle de escorpiões

Com o objetivo de instruir os agentes comunitários de endemias (ACE) dos municípios pertencentes à Superintendência Regional de Saúde (SRS) ...


Com o objetivo de instruir os agentes comunitários de endemias (ACE) dos municípios pertencentes à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora, foi realizado na terça-feira, 15/07, uma oficina de capacitação para o controle de escorpião. O curso ocorreu nas dependências da SRS Juiz de Fora e foi dividido em blocos teóricos e práticos. Esta interação entre a referência técnica da Regional de Saúde com as referências municipais é de suma importância, já que compete aos municípios – segundo a portaria 1172/GM, de 15/6 de 2004 – o registro, captura, apreensão e eliminação de animais que representem risco à saúde do homem. 

O encontro foi mediado pela referência técnica em zoonoses, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS, Glenia Campos, que deu início apresentando questões teóricas pertinentes à prática de campo. Foram abordados conteúdos como: morfologia dos animais, preparação da equipe e os equipamentos de segurança, hábitos dos escorpiões, o correto manejo dos instrumentos, abordagem residencial com os munícipes, os perigos que os animais podem causar à saúde, entre outros. Todos os conteúdos tratados seguiram o Manual de Controle dos Escorpiões, divulgado pelo Ministério da Saúde – também disponibilizado aos participantes do encontro para consulta e estudo.

Para Glenia Campos, parte importante da rotina é a notificação oportuna e de forma correta. “Estes dados, assim que registrados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos e Notificação), se tornam subsídio para o monitoramento contínuo e para as tomadas de decisão em saúde pública”, disse a referência técnica em zoonoses da SRS. “Todos os acidentes devem ser notificados e todos os casos notificados devem ser investigados com ação de captura de escorpião”, concluiu. 

No segundo bloco do curso, os ACEs manejaram os equipamentos de segurança para ter contato com escorpiões vivos. Em seguida, observaram o animal com o uso de lupa e, no momento seguinte, foram criados ambientes que simulam situações reais de captura. Glênia enfatizou que o animal não deve ser subestimado, pois “os acidentes com escorpião podem levar a óbito principalmente crianças e idosos“.

Dados epidemiológicos regionais

Segundo os dados do painel temático do portal da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), só no ano de 2025 foram notificadas 431 incidências nos 37 municípios da SRS Juiz de Fora. Destas, mais da metade ocorridas em zona urbana. Ainda segundo o mesmo painel, neste mesmo ano foram 100 acidentes por escorpião na soma dos mesmos municípios. 

Hábitos do animal e controle

O escorpião é um animal que busca três coisas em seu habitat: abrigo, acesso e alimento – geralmente vivem sob telhas, tijolos, madeira e outros materiais, e por isso podem se deslocar para outros lugares quando estes objetos são transportados e manuseados. Eles se alimentam de pequenos animais como a barata e o cupim. Algumas espécies têm a reprodução assexuada, em que não é necessário o parceiro macho, o que acende o alerta de que poucos escorpiões podem gerar dezenas de filhotes. Quando algum é encontrado, a área já é qualificada como de risco, e é necessário comunicar imediatamente a vigilância epidemiológica municipal para que os ACEs façam a captura, vistoriem e instruam os moradores.

Não é recomendado o uso de produtos químicos nos ambientes em que eles forem localizados, porque isso os torna mais agressivos e não tem a efetividade imaginada. A forma correta de controle é a vigilância e manejo dos ambientes para não se perpetuar as condições ambientais favoráveis para os animais procriarem.

Por Benjamim Júnior

Da redação do Portal de Notícias

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