A Transação, que cria conglomerado financeiro mais robusto, aguarda aval do Banco Central. Expansão fortalece BRB em crédito imobiliário, ag...
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, em segundo turno, por 14 votos a favor e sete contrários, o projeto de lei que autoriza o Banco de Brasília (BRB) a adquirir o Banco Master, em regime de urgência.
A operação, anunciada em
28 de março, envolve o pagamento de R$ 2 bilhões por 58% do capital do Banco
Master, incluindo 49% das ações ordinárias e a totalidade das ações
preferenciais.
Considerada a transação mais relevante do setor bancário nos últimos anos, a compra depende agora do parecer do Banco Central, esperado para esta quarta-feira (20).
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, esteve na CLDF para explicar as vantagens da aquisição, o que foi decisivo para a aprovação, segundo o líder do governo, deputado João Hermeto (MDB).
Em entrevista ao Radar DF, Hermeto destacou: “A proposta foi minuciosamente explicada pelo presidente do BRB, o que favoreceu sua aprovação pela maioria.”
Segundo ele, a oposição tentou fazer palanque, mas foi derrotada pela maioria, que entendeu a necessidade de expansão do BRB para novos mercados.
“Há alguns anos, antes do governador Ibaneis assumir, discutíamos a venda do BRB, que dava prejuízo e dependia do suor do servidor público, dos endividados e dos consignados. Hoje, o BRB está presente em quase todos os estados do Nordeste e Sudeste, com uma marca reconhecida em todo o Brasil. Agora, ele precisa do Banco Master para explorar novos mercados. Só falta o Banco Central bater o martelo”, afirmou Hermeto.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, reforçou a complementaridade entre as instituições: “São muitas as vantagens. Há uma complementaridade na atuação entre o BRB e o Banco Master. O BRB tem atuação no varejo, em governo, programas sociais, cartões, seguros e investimentos. Já o Banco Master atua no atacado, com produtos para médias e grandes empresas, câmbio, mercado de capitais e cartão de crédito consignado.”
O executivo destacou ainda que essa união aumentará a concorrência no sistema financeiro nacional, criando um banco mais completo, competitivo e presente em todo o país.
Ao Radar DF, Paulo Henrique Costa afirmou que, com a aprovação da CLDF, o próximo passo é a análise do Banco Central.
“Nosso papel é instruir o que tecnicamente chamamos de pleito no Banco Central. O Banco Central tem seu próprio prazo. É difícil prever. Temos um processo de troca de informações bastante interativo e frequente com o Banco Central, e aguardamos a decisão no tempo deles”, afirmou.
Com o aval do Banco Central, a transação criará um conglomerado financeiro mais forte, ampliando serviços e a presença do BRB no Brasil, alinhado ao seu crescimento em crédito imobiliário, agronegócio e programas sociais.
Da redação do Portal de
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