Com foco no diagnóstico, terceira edição do fórum ressaltou a importância do alinhamento estratégico entre áreas que atuam no enfrentamento ...
Isabela Graton, da Agência Saúde DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan
Nesta quarta-feira (30), durante o 3º Fórum de Eliminação das Hepatites Virais do Distrito Federal, os profissionais da área ressaltaram a importância de se realizar o diagnóstico precoce das hepatites, que muitas vezes são doenças silenciosas, e de ampliar a oferta de testes rápidos nas unidades de saúde.
Promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (Gevist/SES-DF), o evento teve como tema “Diagnóstico em Foco” e contou com a participação de representantes da SES-DF e do Ministério da Saúde.

“Além de ser um evento técnico científico, essa também é uma oportunidade para fazermos o monitoramento dos indicadores relacionados às hepatites nas regiões de saúde. Então, ele acaba sendo dividido em dois momentos: um mais teórico e outro com mais interação e participação das regiões de saúde”, explicou Daniela Magalhães, gerente substituta da Gevist.
O objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde que estão envolvidos diretamente no atendimento e monitoramento dessas doenças, atuando em áreas como Atenção Primária, Especializada e Vigilância Epidemiológica, para que eles possam interpretar corretamente os marcadores sorológicos.
Debate
Durante o fórum, houve troca de experiências sobre práticas eficazes de monitoramento, que contribuem para a melhoria do diagnóstico, acompanhamento e tratamento das hepatites B e C na rede pública de saúde.
Como ressaltou Daniela Magalhães: “O tema do Fórum esse ano é o diagnóstico porque a gente só vai conseguir eliminar se a gente tiver uma qualidade nessa área, se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas para que a gente possa tratar. Então o diagnóstico é uma peça fundamental”.

Prevenção e tratamento
As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado e, na maioria dos casos, não apresentam sintomas e, muitas vezes, são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado.
No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágio estão relacionadas ao contato sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas.
A principal forma de prevenção é a vacinação, para a hepatite B, e a utilização de preservativos. Ainda não existe vacina para a hepatite C, mas os medicamentos disponíveis no SUS permitem a cura, na grande maioria dos casos.
Os testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede de saúde pública do DF. O exame é obrigatório para todas as gestantes no 1º trimestre de gestação ou quando iniciar o pré-natal.

Da redação do Portal de Notícias
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