Com apoio do Governo de Minas, renda da agricultura familiar cresce nas vendas para a merenda escolar


Compras do Estado ultrapassam os 30% exigidos por lei, garantindo alimentação de qualidade e beneficiando pequenos negócios rurais liderados por mulheres.

Em Minas, as compras da agricultura familiar para o fornecimento de alimentos para a merenda superam os 30% exigidos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Em 2023, os recursos governamentais destinados às compras para a merenda escolar somaram R$ 663,4 milhões em aquisições, atingindo a cota de 32,5% de produtos provenientes da agricultura familiar, entre todo o volume de alimentos adquiridos pelas escolas públicas estaduais.

Além de garantir alimentação de qualidade nas escolas, o investimento no programa tem transformado a vida de pequenos produtores como a Maria Aparecida Fialho, conhecida como Cida, de Boa Vista, na zona rural de Teixeiras.

Antes faxineira, Cida se tornou produtora rural com o incentivo de seu filho, Ariel, e hoje fornece verduras e legumes frescos para creches e escolas. A renda da família, antes limitada, melhorou com a ajuda da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e do Pnae. Na horta, a família tem couve-flor, dois tipos de alface, repolho, rúcula, agrião, maracujá, salsinha, cebolinha e muito mais.

Uma das preocupações de Cida era sobre o escoamento dos produtos. Antes, sem orientação e assistência técnica, era comum o descarte. Agora, a realidade é outra. “Hoje em dia eu posso plantar sem medo, porque tenho onde entregar”, conta. Daqui para frente, o plano é aumentar a produção e a variedade de cultivos.

Mulheres como protagonistas

Histórias como a da Maria Aparecida mostram um ciclo virtuoso que o Governo de Minas alimenta com esse investimento. Ao aumentar a compra de pequenos produtores, o Estado garante que eles tenham acesso a mercados que, de outra forma, teriam dificuldades para entrar.

Maria da Consolação Rosado Martins, extensionista da Emater-MG em Teixeiras desde 2019, conta que o trabalho é importante por mostrar esse caminho, especialmente para as mulheres.

“Mostramos para elas como comercializar e agora a maioria prefere trabalhar na roça do que fazer faxina, por exemplo. Elas ficam alegres por terem seu próprio dinheiro”, explica.

Além da orientação técnica para a produção, os extensionistas explicam sobre programas como o Pnae, vendas nas feiras e crédito rural, para que elas possam investir em melhorias.

Com esse apoio, hoje Cida sente orgulho de estar à frente de um negócio rural. “Ser mulher no campo significa liberdade e independência. Tenho meu próprio negócio, trabalho para mim”. Para ela, o apoio do Governo de Minas dá segurança para buscar mais oportunidades. “Estão sempre do nosso lado ajudando, ensinando, para a gente crescer ainda mais”.

Maria da Consolação também observa a mudança nas mentalidades. "As mulheres não querem mais apenas ajudar o marido, elas querem ter sua própria produção e gerar renda", afirma, também destacando a permanência dos jovens no campo. Para ela, essa transformação traz uma nova perspectiva de vida para as famílias.

Parceria

Desde 2021, a Emater-MG, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), presta assistência técnica a cerca de 15 mil agricultores familiares por ano, oferecendo suporte na produção e na organização de pequenos empreendimentos para facilitar a venda para escolas estaduais. Atualmente, mais de 3,4 mil escolas públicas estaduais recebem esses produtos.


Da redação do Portal de Notícias

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