Publicidade
Publicidade

Secretaria de Estado de Educação do DF promove evento do Agosto Lilás e debate violência contra a mulher

 


Iniciativa reuniu especialistas, autoridades e servidores da Secretaria de Educação

Por João Pedro Eliseu, Ascom/SEEDF

 

Da esquerda para a direita: Jemima Rosa, gerente de Educação para Diversidade e Inclusão, Patrícia Melo, titular da Diretoria de Educação em Direitos Humanos e Diversidade, e Vera Barros, subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF| Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.

 

Ao longo da última quinta-feira (28), a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promoveu, por meio da Subsecretária de Educação Inclusiva e Integral (Subin), um grande evento em alusão ao Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Realizado no auditório Neusa França, o encontro reuniu estudantes e servidores em um dia intenso de atividades, que incluíram apresentações culturais, palestras e oficinas de defesa pessoal, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção e ampliar o debate sobre o tema.

 

A mobilização contou com a presença de importantes parceiros, como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e a Secretaria da Mulher do DF. A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Barros, destacou a importância da ação conjunta.

 

O Agosto Lilás é mais do que um mês de conscientização. É um movimento permanente de resistência, denúncia e transformação cultural. Que as discussões de hoje nos inspirem e fortaleçam nosso cuidado e solidariedade, e que cada um de nós saia daqui com o compromisso renovado de construir escolas e comunidades onde meninas e mulheres serão respeitadas, protegidas e valorizadas em toda a sua potência“, afirmou a subsecretária.


A juíza coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJDFT reforçou o papel crucial da educação na prevenção da violência. Ela informou sobre os materiais disponíveis para a rede de ensino, como o “Kit para Profissionais da Educação“, e convidou os presentes a participar do “Congresso Maria da Penha vai à Escola“, que premia boas práticas e trabalhos artísticos sobre o tema.

 

A magistrada celebrou um avanço recente na legislação local: o Decreto nº 47.495, de 28 de julho de 2025, que regulamenta uma lei distrital e estabelece a obrigatoriedade do ensino sobre a Lei Maria da Penha em todas as etapas da educação básica. “A nova norma determina que o conteúdo seja ministrado de forma transversal, contemplando conceitos sobre a violência de gênero e, de forma muito corajosa e necessária, prevendo a educação de gênero voltada inclusive aos meninos e homens. É um passo fantástico para mudar essa realidade desde a base”, finalizou.

Educação digital e os desafios contemporâneos

 

Palestras, oficinas e apresentações culturais marcaram o evento do Agosto Lilás, realizado no Auditório Neusa França | Foto: Felipe de Noronha, Ascom/SEEDF.

 

Um dos destaques do evento foi a palestra da doutora em comunicação e professora da Universidade de Brasília (UnB), Janara Kalline. Ela abordou a crescente violência de gênero no ambiente digital e a necessidade do letramento digital como ferramenta de defesa. A especialista ressaltou a importância de regulamentações que protejam os direitos humanos nas plataformas, garantindo que todos possam usar a internet sem o risco de sofrer agressões.

 

A internet é um espaço vivo, cheio de possibilidades: estudar, pesquisar, se divertir, se conectar. Mas também é um ambiente de tensão, onde os direitos humanos não estão plenamente garantidos, sobretudo para mulheres e meninas, que ainda enfrentam violências constantes nas redes”, alertou Janara. A professora também apresentou dados preocupantes.

 

Em termos globais, dados revelam que um em cada três jovens é vítima de violência online. No Brasil, estima-se que entre 30% e 40% dos jovens sofram esse tipo de violência.” Tal realidade reafirma a importância de uma participação contínua e cuidadosa dos pais e responsáveis no uso de redes sociais por seus filhos. No entanto, mais do que apenas focar nos riscos, o letramento digital surge como uma poderosa ferramenta de empoderamento.

Capacitação e mudança

 

Ao capacitar meninas e mulheres a reconhecer e combater a violência online, a educação digital também as transforma em agentes de mudança. Ela promove o desenvolvimento do pensamento crítico e da cidadania digital, incentivando a criação de conteúdos positivos e a construção de comunidades virtuais mais seguras e respeitosas.

 

Ações como as palestras e debates do Agosto Lilás são passos fundamentais nessa jornada, pois abrem espaço para o diálogo e equipam a comunidade escolar com o conhecimento necessário para transformar a internet em um ambiente de crescimento, conexão e, acima de tudo, de garantia de direitos para todos.


Da redação do Portal de Notícias

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Recent in Technology