Durante a sessão da CPMI da Câmara e do Senado realizada nesta terça-feira (08), a senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), presidente do PDT no Distrito Federal, causou desconforto ao defender Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência e atual presidente nacional do PDT, envolvido em acusações de omissão diante de um esquema bilionário de corrupção no INSS que prejudicou milhões de aposentados e pensionistas brasileiros.
A senadora caracterizou a CPMI como um "circo", elogiando a postura "clara" e "tranquila" de Lupi. Sua fala ignorou a gravidade das denúncias e a ausência de ações decisivas por parte do ex-ministro no enfrentamento ao crime organizado que se infiltrou na instituição. Ao desvalorizar as cobranças feitas por deputados e senadores que pediam explicações sobre o esquema, Leila optou por proteger Lupi, aumentando o desalento de milhares de aposentados que assistiram ao depoimento pela TV Senado com a expectativa de uma atitude firme contra a corrupção.
A declaração da senadora, ressaltando que Lupi enfrentava um "show" e apontando as cobranças como fruto de "comportamentos agressivos" causados pela suposta clareza e tranquilidade do depoente, evidenciou um distanciamento preocupante da gravidade do caso. Ao classificar críticas legítimas como agressões e apresentar a serenidade de Lupi como um mérito, Leila optou por uma defesa partidária, colocando em segundo plano a busca por justiça.
Para os aposentados lesados, muitos deles com décadas de confiança no sistema previdenciário, a postura da senadora foi interpretada como uma afronta. Surgiu a percepção de que interesses políticos estavam sendo priorizados em detrimento de responsabilidades morais e institucionais relacionadas à transparência e à reparação dos danos causados.
Ao invés de colaborar para o esclarecimento das irregularidades denunciadas, Leila, que tentará se reeleger em 2026, ampliou a desconfiança da população em relação ao PDT e à própria CPMI. Essa deveria ser um espaço dedicado à apuração do esquema que prejudicou aposentados vulneráveis, mas foi transformada em palco para proteger aliados políticos, distanciando-se da finalidade legítima de buscar justiça e responsabilização.
Da redação do Portal de Notícias com informações do Portal Radar DF
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