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A Deputada Distrital do DF, Doutora Jane, dedica-se à defesa incansável das mulheres

  ATÉ QUANDO?  Doutora Jane, Deputada Distrital (DF)  As imagens são brutais. Um homem, um jogador profissional de basquete, desfere mais de...

 


ATÉ QUANDO?

 Doutora Jane, Deputada Distrital (DF) 

As imagens são brutais. Um homem, um jogador profissional de basquete, desfere mais de 60 socos contra uma mulher indefesa, dentro de um elevador, no Rio Grande do Norte. Uma cena que deveria causar indignação nacional, mas que corre o risco de virar apenas mais um número na estatística de um país que insiste em normalizar a barbárie contra as mulheres. 

Não podemos tratar esse caso como uma exceção. Ele é o retrato de uma cultura que ainda educa homens para a violência e mulheres para o silêncio. Uma cultura que julga a vítima, duvida da denúncia e hesita em proteger. Uma cultura que mata.

Como mulher, como parlamentar, e principalmente como alguém que sobreviveu à pobreza, à exclusão e ao machismo estrutural, me sinto pessoalmente atingida por cada agressão como essa. E é por isso que tenho transformado minha trajetória em trincheira de luta contra o feminicídio e a violência doméstica. 

No nosso mandato, destinamos emendas, articulamos políticas públicas e criamos leis para proteger as mulheres do Distrito Federal. Já garantimos recursos para atendimento psicológico de vítimas, para o acolhimento seguro e digno em abrigos e outras ações efetivas. Também defendemos a presença de núcleos de atendimento à mulher em delegacias, especialmente nas regiões mais vulneráveis. 

Mas isso não é suficiente. 

Porque enquanto houver um elevador sendo usado como cativeiro de socos, estaremos falhando. Falhando como sociedade, como instituições, como seres humanos. Precisamos de ação firme, não só em reação ao horror, mas na prevenção dele.

É urgente que o esporte, a mídia, as entidades de justiça e todos os espaços de poder deixem claro que não há mais lugar para agressores em silêncio premiado. Que um talento com a bola na mão não anula a monstruosidade de um punho fechado contra uma mulher. 

Por fim, faço um apelo às mulheres que hoje sofrem em silêncio: vocês não estão sozinhas. Denunciem. Procurem ajuda. E a nós, homens e mulheres que ocupamos cargos públicos, que tenhamos a coragem de enfrentar essa guerra com a seriedade e a urgência que ela exige. 

Cada soco desferido naquela mulher é também um golpe contra a democracia, contra a dignidade, contra a vida. 

E nós não aceitaremos isso caladas.

DOUTORA JANE

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