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Horto florestal da UBS 1 do Lago Norte recebe membros de agência da ONU

Equipe internacional estuda iniciativas de base comunitária para segurança alimentar e nutricional ao redor do mundo Yuri Freitas, da Agênci...


Equipe internacional estuda iniciativas de base comunitária para segurança alimentar e nutricional ao redor do mundo

Yuri Freitas, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura

Representantes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) visitaram o primeiro Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb) do Brasil, localizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Lago Norte. A equipe busca por práticas bem-sucedidas que articulem saúde, agroecologia, segurança alimentar e nutricional e participação comunitária. 

Gerente da UBS 1 do Lago Norte, Maria Inês Guedes aponta que o encontro atesta a relevância internacional que projetos como a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb) possuem, motivando outras regiões do mundo a fazerem o mesmo.

“Essa visita reforça o compromisso com a inovação em saúde pública, ampliando nosso papel além do atendimento clínico. Uma iniciativa que integra conscientização ambiental e promoção da saúde preventiva", afirma a gerente.

A equipe da FAO conheceu o primeiro Hamb a ser implementado no Brasil, na UBS 1 do Lago Norte. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

A Rhamb é uma iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. O projeto é dedicado ao cultivo de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Pancs) de forma comunitária. Sua base é a agricultura biodinâmica, relacionada a uma visão de saúde ampla e integral.

Visita internacional

Os enviados integram o Mecanismo da Sociedade Civil e Povos Indígenas (MSCPI) para as relações com o Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) da FAO. Também participaram do encontro, realizado nesta semana (9), representantes de organizações não governamentais (ONGs) e de povos indígenas de todos os continentes do planeta.

Para a representante da Europa Ocidental no MSCPI, a agricultora urbana Dee Woods, iniciativas como o Hamb servem de inspiração para países do chamado Norte Global que, apesar dos altos índices socioeconômicos, carecem de políticas do tipo.

A visita contou também com representantes de organizações da sociedade civil e de povos indígenas de diversas regiões do mundo. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

“Na Inglaterra, por exemplo, não temos nenhuma estratégia alimentar. Há uma série de políticas em matéria de agricultura, sim, mas nossas estatísticas de saúde são péssimas por causa do alimento que consumimos – em particular nas cidades, onde há altos níveis de insegurança alimentar", explica Woods. "Ao nos depararmos com projetos como os hortos, nos quais comunidades, agricultores, serviços de saúde e governos se unem, é bastante inspirador. Certamente levaremos esse exemplo conosco”, complementa. 

Saúde Comunitária e Meio Ambiente

Os hortos possuem caráter educativo, terapêutico e de pesquisa, fomentando o vínculo dos serviços com a comunidade e entre as pessoas.

“A Rhamb é um equipamento de saúde que aproxima as pessoas de pautas importantes da atualidade, como as mudanças climáticas, a saúde mental, a segurança alimentar e nutricional, a agroecologia, além de possibilitar vínculos e pertencimento comunitário”, avalia o gerente de Práticas Integrativas em Saúde (PIS) da SES-DF, Marcos Trajano.

O projeto da Rhamb é dedicado ao cultivo de plantas medicinais e Pancs de forma comunitária e com base na agricultura biodinâmica. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

O gestor enumera ainda iniciativas nacionais anteriores que serviram de exemplo para outros países, como o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Política Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Esperamos que a Rhamb siga o mesmo caminho, auxiliando pessoas de todo o globo a alcançarem melhor qualidade de vida”, acrescenta. 

Atualmente, a Rhamb conta com 31 unidades em funcionamento nas sete Regiões de Saúde do DF, sendo 28 em serviços públicos e mais três em apoio a iniciativas comunitárias. Em 2024, foram construídos 13 novos espaços; neste ano, já são três.

Da redação do Portal de Notícias

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