Com atuação pioneira no país, unidade atua para a garantia de direitos de grupos discriminados, como a população LGBTQIAPN+ O Centro de Refe...
Com atuação pioneira no país, unidade atua para a garantia de direitos de grupos discriminados, como a população LGBTQIAPN+
O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da Diversidade já realizou, de janeiro a junho deste ano, 1.297 atendimentos particularizados, abrangendo 397 famílias, sendo cerca de 80%, de pessoas LGBTQIAPN+. Os dados são do Sistema de Assistência Social (Sids) da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), gestora da unidade.
O espaço atende especificamente pessoas que tiveram os direitos violados devido à orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religião. Planejado para atender a diversidade em toda a sua expressão, o Creas da Diversidade é pioneiro no Brasil. O principal critério de atendimento é se a vítima sofreu algum tipo de violação de direito motivada pela questão da diversidade, como violência física, sexual ou psicológica, afastamento do convívio familiar, abandono, negligência, trabalho infantil ou outra violação.
Diferentemente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que trabalha com prevenção, o Creas atua em situações de maior complexidade e gravidade. Caso o titular não esteja em um desses casos, mas vivencie situação de vulnerabilidade socioeconômica, deve agendar atendimento em um Cras mais próximo.
“A maioria dessas pessoas estão em vulnerabilidade a partir do rompimento do vínculo familiar simplesmente por serem quem são”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. São histórias repletas de desafios e o Creas Diversidade acompanha a maioria delas, contribuindo para a superação com inclusão social e visibilidade dessas pessoas”, completou Ana Paula.
O Creas da Diversidade está localizado na Quadra 614/615 da L2 Sul, no Plano Piloto, e funciona das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O atendimento ocorre quando a própria pessoa procura o centro de referência (demanda espontânea) ou por encaminhamento de outros órgãos (Saúde, Justiça, Assistência Social e Conselho Tutelar, por exemplo), também chamado de demanda externa.
Caso seja preciso, a vítima é incluída no acompanhamento realizado por meio das ações do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi). Nesse processo, pode ser construído um Plano Individual de Atendimento (PIA), no qual são estabelecidos objetivos e ações tanto para o Creas quanto para o usuário.
“É um serviço de extrema importância para a Política de Assistência Social, pois reafirma o princípio constitucional de que todas as pessoas são sujeitos de direitos, independentemente de raça, credo, orientação sexual ou identidade de gênero”, destaca a gerente do Creas Diversidade, Grazielle Blanco. “Nosso trabalho busca desconstruir a ideia equivocada que ainda persiste em nossa sociedade, de transformar diversidade em desigualdade”, complementou.
Da redação do Portal de Notícias, Com informações da Sedes-DF
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