Vacina é a principal forma de prevenir as formas graves da tuberculose. Imunizante completa 48 anos no Brasil Karinne Viana, da Agência Sa...
Vacina é a principal forma de prevenir as formas graves da tuberculose. Imunizante completa 48 anos no Brasil
Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura
Logo nas primeiras horas de vida, um gesto simples pode mudar o futuro de uma criança: a aplicação da vacina BCG, indicada para prevenir as formas mais graves da tuberculose. Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo Ministério da Saúde, crianças e adolescentes representam 12% dos casos da doença no mundo.
“A BCG é muito importante porque protege contra meningite tuberculosa e tuberculose miliar. Por isso, ela deve ser administrada o mais cedo possível”, explica a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Tereza Luiza Pereira.
O Brasil registrou um importante aumento na vacinação de BCG nos últimos anos: de 84,3% em 2023 para 92,3% de cobertura em 2024. No DF, esse índice já alcançou 121,6% neste ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Esses números mostram um avanço significativo, mas é fundamental manter o compromisso com a vacinação de todas as crianças”, ressalta a gerente.

Para quem a BCG é indicada?
O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2kg, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, ela pode ser realizada até os 4 anos de idade com horários específicos definidos por cada Unidade Básica de Saúde (UBS). Confira no site da SES-DF.

A BCG também é recomendada a pessoas que têm contato com portadores de hanseníase. A aplicação gera uma reação no local, com vermelhidão, pequena ferida e posterior cicatriz - o que é esperado e não necessita de medicamentos ou curativos.
No entanto, por conter bactéria viva atenuada, a vacina é contraindicada a indivíduos imunodeprimidos, como pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV), oncológicos e recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gestação.
“A imunossupressão precisa ser avaliada antes de aplicar a vacina. Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização”, alerta Pereira.

Data histórica
Nesta terça-feira (1º), é celebrado o Dia da Vacina BCG. A data também marca o anúncio, em 1921, dos cientistas Léon Calmette e Alphonse Guérin, que haviam atenuado uma bactéria, batizada de Bacilo de Calmette e Guérin (por isso, a sigla BCG). Com ela, foi possível combater o bacilo de Koch, causador da tuberculose.
A doença pode afetar pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas incluem tosse persistente, febre, suores noturnos, fraqueza e perda de peso.
No País, a BCG completa 48 anos. A vacina foi incorporada ao calendário nacional de vacinação em 1977 pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tornando obrigatória sua administração em crianças.

Da redação do Portal de Notícias
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