Equipes de limpeza receberam o reforço de robôs e veículos de alta tecnologia; mais de 1.040 caminhões-caçamba carregados foram retirados do...
O investimento na operação alcançou R$ 57 milhões no último ano, recurso direcionado à modernização dos serviços executados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O novo sistema conta com 25 caminhões-pipa adaptados para sucção e hidrojateamento de resíduos, além de três robôs de inspeção por vídeo, que tornam o processo mais ágil e eficiente.
“A Novacap utiliza o sistema mais moderno do mundo no que diz respeito a desobstrução de bocas de lobo. Além de o serviço ser feito com mais excelência, ele é feito com mais velocidade e agilidade, possibilitando, assim, o atendimento de mais demandas”, defende o presidente da Novacap, Fernando Leite. “É importante lembrar que a tecnologia utilizada contribui diretamente para preservar a saúde do trabalhador, que passa a não precisar mais entrar nas galerias.”
Números
Para se ter uma ideia da dimensão do impacto da estratégia, as 192.024 toneladas de resíduos retiradas das redes pluviais em 2024 equivalem ao peso de mais de 1.040 caminhões-caçamba totalmente carregados, tomando como base a capacidade média de 183,5 toneladas por veículo.
Além disso, foram desobstruídos 875 quilômetros de redes e ramais – uma extensão comparável à distância entre Brasília e o Rio de Janeiro, em linha reta. A força-tarefa também garantiu a limpeza de 7.426 poços de visita, estruturas fundamentais para o bom funcionamento do sistema de drenagem e prevenção de alagamentos.
“Os desafios dos robôs nessas áreas em que temos dificuldade de acesso é realmente localizar uma entrada pela qual possamos acessar a rede. Depois disso, o robô até que não tem tanta dificuldade em percorrer o trajeto. Mesmo com obstruções, ele consegue transpassar o que encontra dentro da galeria”, explica o gerente de operação da empresa contratada, Leandro Moura.
A potência dos equipamentos impressiona: em apenas 12 minutos, um único caminhão é capaz de desobstruir tubulações extensas, tarefa que antes poderia levar dias com trabalho exclusivamente manual. Cada máquina substitui, com eficiência, o esforço de até 100 operários.
O processo é realizado em duas etapas. Primeiro, o sistema de hidrojateamento de alta pressão quebra as obstruções, que são imediatamente sugadas para os reservatórios dos caminhões. Em seguida, os robôs entram em ação. Equipados com câmeras e autonomia para operar por até 2h30, eles acessam áreas antes inalcançáveis, identificando se a rede foi completamente limpa e detectando eventuais rachaduras, vazamentos ou ligações clandestinas feitas por moradores e comerciantes.
“Em ligações clandestinas, por exemplo, o robô percorre pelo líquido até identificar o ponto exato onde está sendo feito o despejo e tenta localizar quem é o lançador desse resíduo na galeria”, detalha Moura.
Da redação do Portal de Notícias
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