Projeto do CEM de Taguatinga Norte leva alunos a áreas de preservação como a Chapada dos Veadeiros. No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemor...
Projeto do CEM de Taguatinga Norte leva alunos a áreas de preservação como a Chapada dos Veadeiros.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (5), o Centro de Ensino Médio (CEM) de Taguatinga Norte celebra os 22 anos do projeto Cerrado Vivo – uma das iniciativas da rede pública do Distrito Federal voltadas à educação ambiental, tema presente no currículo da educação básica do DF.
A proposta leva estudantes a áreas de preservação, como o Jardim Botânico e a Chapada dos Veadeiros, promovendo o estudo do bioma por meio de aulas teóricas e saídas de campo.
A professora Eliana Maria da Conceição, coordenadora do projeto, destaca a importância de apresentar o Cerrado aos alunos. Segundo ela, a iniciativa tem caráter interdisciplinar e envolve disciplinas como biologia, história e geografia, além de estimular a escrita e a produção literária.
“É interessante porque os estudantes vão adquirindo uma consciência muito grande em relação ao Cerrado. Nas saídas de campo, eles mesmos apresentam os conteúdos estudados previamente. Desenvolvem consciência crítica, argumentação e um interesse genuíno pelo tema”, explica a professora.
“Antes, eu achava que o Cerrado era só um monte de mato seco, mas quando visitei o Jardim Botânico, descobri espécies incríveis, como o chuveirinho e a palmeira-juçara. Me apaixonei pelo bioma”, conta Arthur Vilela Santiago, 18 anos, aluno do 3º ano e integrante do projeto desde 2023.
Pesquisa e novas descobertas
O Cerrado Vivo exige preparação prévia dos alunos, que são incentivados a fazer pesquisas e elaborar trabalhos aprofundados sobre as características do bioma e os impactos do desmatamento. As atividades são avaliadas pelos professores e compõem um portfólio escrito que reúne a trajetória de mais de duas décadas do projeto.
A aluna do 3º ano Elisa Guimarães Freitas, 17 anos, conheceu a iniciação científica por meio do Cerrado Vivo e realizou um estudo para o Sesi Lab. “Hoje estou colhendo os frutos desse projeto. Participo de outros grupos de pesquisa científica que têm me ajudado bastante”, conta a jovem, que também produziu um cordel sobre o tema.
Já a estudante Thayanne Aparecida, 17, destacou a relevância da preservação: “O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. É extremamente importante, afinal abastece as principais bacias hidrográficas do país”.
Sustentabilidade na rede pública
Para a diretora de Educação em Tempo Integral Érica Soares, da Secretaria de Educação (SEEDF), a educação ambiental vai além da ecologia ou da reciclagem. “É uma ferramenta transformadora, que promove o pertencimento, o cuidado com o espaço coletivo e a compreensão de que pequenas atitudes geram grandes impactos”, afirma.
Além de atender aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os projetos estimulam o pensamento científico, a interdisciplinaridade e a construção de soluções sustentáveis. O aprendizado se torna mais significativo e alinhado à realidade dos alunos, promovendo uma formação mais completa.
Da redação do Portal de Notícias Com informações da SEEDF
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