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Debate sobre regulação da IA movimenta a Campus Party

Com a presença de especialistas internacionais e do Brasil, encontro tem como foco o marco regulatório da inteligência artificial Com o tema...

Com a presença de especialistas internacionais e do Brasil, encontro tem como foco o marco regulatório da inteligência artificial

Com o tema “Marco Regulatório da Inteligência Artificial”, um debate foi destaque, nesta sexta-feira (20), durante a Campus Party Brasil 25, na Arena BRB. O painel reuniu representantes da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) com especialistas internacionais para discutir os desafios legais, éticos e sociais que envolvem o avanço da inteligência artificial (IA) no mundo contemporâneo.

Gabriele Mazzini (E), autor da Lei de Inteligência Artificial (AI Act) da União Europeia, com Leonardo Reisman, presidente da FAPDF, durante palestra na Campus Party | Foto: Divulgação/FAPDF 

Já o presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, abordou os desafios de adaptar o modelo europeu de regulação — baseado na avaliação de riscos — à realidade brasileira. “Não creio que a solução para o Brasil seja importar modelos prontos”, defendeu. “Temos agências reguladoras que já atuam em áreas como saúde, energia, educação. É preciso construir uma legislação que seja capaz de dialogar com essa estrutura e estar preparada para o futuro”.

Reisman também chamou atenção para os impactos ambientais do avanço da IA e a necessidade de políticas públicas que considerem a infraestrutura energética do Brasil e o acesso a equipamentos de alto desempenho: “Estamos falando de grandes cadeias de processamento e armazenamento de dados, que exigem energia e refrigeração. É preciso pensar no nosso contexto, na nossa matriz energética e nos custos de importação de equipamentos”.

Adaptações

Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Carlos Affonso Souza falou sobre a importância de compreender os limites e adaptações necessárias na construção de legislações nacionais inspiradas em modelos internacionais, como o europeu: "A Europa fez uma primeira regulação sobre inteligência artificial que está inspirando o mundo todo. Mas a gente precisa entender quais são as armadilhas e o que funciona lá, que talvez não funcione aqui”.

Segundo ele, a experiência brasileira deve levar em conta os contextos locais e envolver a comunidade técnica e científica no processo legislativo. O professor citou como exemplo a consulta pública promovida durante edições anteriores da Campus Party, que serviu de base para a lei complementar nº 205/2025, recém-aprovada no estado de Goiás, instituindo a Política Estadual de Fomento à Inovação em Inteligência Artificial.

Gabriele Mazzini, autor da Lei de Inteligência Artificial (AI Act) da União Europeia e pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), pontuou que a regulação da IA precisa estar integrada: "A lei de IA não será a única regulação aplicável. Ela precisa dialogar com outras normas, como as de proteção de dados e finanças, formando um ecossistema jurídico coerente e eficaz”.

Marco Regulatório da Inteligência Artificial 

O Marco Regulatório da Inteligência Artificial é um conjunto de normas, leis e diretrizes criadas para orientar o desenvolvimento, uso e supervisão de sistemas de IA. No cenário internacional, essas regulamentações visam equilibrar a inovação tecnológica com a proteção de direitos fundamentais, como privacidade, não discriminação e transparência

A proposta de um marco regulatório busca classificar os sistemas de IA por níveis de risco e estabelecer responsabilidades para empresas, governos e desenvolvedores, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma ética e segura. A União Europeia é referência nesse debate com a aprovação do AI Act, que inspirou iniciativas semelhantes em outros países.

Da redação do Portal de Notícias, Com informações da FAPDF

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